Monday, February 21, 2011

Mídias sociais, existe a melhor opção?

Como mencionei nos meus últimos posts, estou envolvida em um projeto de mídias sociais. Estamos trabalhando e experimentando as diferentes ferramentas, o ponto mais importante desse aprendizado é ter certeza de que cada uma das mídias têm um objetivo, um potencial e um público-alvo.

Parece contraditório, mas cada ferramenta têm uma dinâmica. Se você busca interação rápida, suscinta, mensagens objetivas o Twitter é o foco. Por outro lado, se o seu interesse é atrair audiência qualificada, que mais observa do que interage, que possui objetivos bem claros e específicos, a sua ferramenta é o linkedin.
Se você quer juntar tudo, atrair o maior número de fãs e com rapidez, opte pelo facebook.

Essa interação com as mídias sociais é muito intensa, e a vontade em desenvolver conteúdo relevante para determinado meio e atrair audiência qualificada é um quebra-cabeças, quando você acha que a solução foi encontrada, o desafio na verdade está tomando corpo para ficar mais difícil.

Outro dia, um amigo me enviou um texto muito interessante, intitulado Complexo de Roberto Carlos, cuja autora é a Marcia Tiburi. Uma frase que chamou muito a minha atenção e que representa o que buscamos nas redes sociais, diz o seguinte, "Desejar é desejar tudo, é mais que querer, é o querer do querer".

A sua meta inicial era A, mas a medida que você constatou que esses meios permitem rápidas respostas e resultados, a sua meta passa para 3A. Você está terminando de avaliar o resultado da iniciativa 1, mas já está desenhando a iniciativa 2, 3, 4...ou seja, o tempo de amadurecimento das ideias está cada vez mais curto.

Toda essa discussão me fez lembrar de um ótimo livro, que eu inclusive utilizei para fazer o meu trabalho de conclusão da pós. Amor Líquido, do sociólogo Zygmunt Bauman. No livro ele trata sobre a fragilidade dos laços humanos e as dificuldades enfrentadas por pessoas e empresas em se prenderem à algo ou alguém.

Sem dúvidas, esse é o maior desafio da atualidade, tanto nas relações empresariais e pessoais, é como eu mencionei no meu Twitter, na atualidade, estamos na fase onde mais contatos significa necessariamente mais negócios? Ou menos contatos significa uma audiência mais qualificada, mais fidelidade?
Dilema difícil, que só pode ser sentido com muitas tentativas, acertos e erros. Como sempre, o primeiro passo é definir o seu objetivo nesses meios. Se existe uma melhor opção? Não sei, depende dos objetivos que você pretende alcançar.

Minhas observações podem ser óbvias, mas acho que quando a constatação vem de uma situação real fica mais fácil de acreditar.

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